Tive a oportunidade de fazer uma visita profissional à ARCO, uma das maiores feiras de galerias de arte do mundo. Esta feira ocorre todos os anos em Madrid, em um pavilhão gigantesco situado dentro da IFEMA, uma espécie de cidade especialmente destinada à feiras, exposições de grande porte e afins.
Como ainda nao estava aberta ao público, encontravam-se ali galeristas, colecionadores, artistas, jornalistas, convidados e "gente" que, como eu, faz parte dos bastidores do mundinho exquisito das Artes. Seria necessário dois ou tres dias para visitar a ARCO com calma, para ver todos os expositores e a média de 10 artistas que trazia cada galeria. Eu tinha mais ou menos 3 horas... Meu primeiro objetivo foi visitar o stand da galeria La Caja Negra, onde estavam 3 peças de dois artistas mexicanos e um espanhol, as quais foram produzidas por mim no estudio onde trabalho em Madrid. Logo depois, estava livre pra visitar os demais espaços, que traziam Damien Hirst, Chuck Close, Evan Perry (wow), Vik Muniz, Joan Funcoberta, Marina Abramovic, entre muitos outros que esqueci de olhar o nome na etiqueta por que a obra era incrível. Junto com a arte contemporânea trazida pelas galerias vinham nomes consagrados como Francis Bacon (com um quadro de 7 milhões de euros), Louise Bourgeois, Helmut Newton, Man Ray, Andy Warhol, e os clássicos do século XX, mais que vendáveis. Cheguei a conclusão que não temos a menor idéia do quanto se gasta em dinheiro com arte. É um mundo paralelo... onde tinta e tela viram cifras inimagináveis. É de tirar o fôlego.
Por fim, consegui chegar um pouco mais perto da produção coreana, país convidado para a feira deste ano. Tudo muito colorido, muito brilhante, muito bem feito. Fazendo jús àquela esquina do globo, os coreanos não só têm uma relação fortíssima com a imagem hiperrealista, mas também com o acabamento "porcelânico" de cada objeto.
